segunda-feira, 22 de novembro de 2010

voltando a me entender

Viver tem sido como estudar matemática. Não adianta você ver as contas que já fez e ler os teoremas. Quem dera decorar formulas também resolvesse. A gente tem que praticar, fazer e refazer, aplicar a novas situações e simplesmente pegar o jeito.
No meu caso mais do que o jeito eu preciso pegar um lápis e colocar tudo no papel. Escrever é como ver a mudança.Todo mundo deveria transformar pensamentos em papeis e documentar as coisas. Documentar é ter coragem e é concretizar a verdade do agora, por mais que ela morra logo depois. Algo como se permitir mudar de ideia e opinião.Uma revolução de si esperando pra ser notada, entende?

Escrever é organizar a bagunça mais bagunçada da sua mente, só pra você se entender.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

reafirmando mentiras

Sabe quando você se pega dizendo determinadas coisas com certa freqüência? Reafirmações! O que nada mais é do que uma idéia para se auto-convencer. A gente vive querendo se enganar. Buscar um milhão de alternativas e hipóteses para tudo que acontece é normal. Pedir conselhos aos amigos e aumentar o estoque de probabilidades mais ainda. Mas seremos sinceros, sempre temos nossa teoria pré-definida, e embora reafirmemos o oposto tendemos a ela. Então pra que inventar tanta coisa se acabamos justamente no começo?
A tendência verdadeira deve ser se iludir e só. Tentar acreditar que pode ser de outras formas, por simplesmente ser melhor. Quem fala demais não só deixa de fazer como também faz o contrário. Toda essa disposição atual para escrever de amor e relacionamentos como se fosse fácil é só como eu também gostaria que fosse, entende? Falar que “vai esquecer”, que “vai mudar”, que “vai parar de acreditar tanto” são só reafirmações.Quem vai pular da sacada não avisa ninguém antes.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

se ri[a]masse

rima comigo?
ri mais comigo?
como amigo
ame, não ligo

me entretenha
entre e me tenha
seja sucinta
só sinta

como quiser
quis ser
rimar
rir e amar

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

só o que é meu

quis falar do escritor que plantou um pé de feijão mágico, que cresceu muito e quando ia subi-lo para o castelo nas nuvens, foi detido por violar direitos autorais...mas aí seria duplo processo!

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

issos e prazos

e por que se é só isso eu preciso de tantos i’s e s’s e o’s pra dizer?o que há de errado em falar o que sente?por que não dá pra agir simplesmente de acordo com a sua vontade?eu sei que você também considera a do outro! que não fala que gosta dele por que ainda pode ser cedo.pra que prazos? quem inventou esses prazos? quando é cedo demais!? existe cedo demais? sou eu e você e o que de cedo ou tarde há nisso?não existiu outra combinação assim! por que mostrar desinteresse quando se está interessado ou fingir que não existe nada além daquilo que..na verdade já nem é mais isso! porque tanto se complicou que o prazo do isso acabou, e esse prazo? quem foi mesmo que inventou?

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

eu zero a esquerda

Não tenho dormido. Penso, repenso, analiso tudo numa intensidade que furta minha tranquilidade. Talvez não só a tranqüilidade. Meu tempo. Minhas distrações. Perco tempo pensando no tempo que ando perdendo. ”Hoje” pode ganhar destaque e vou compartilhar...
Logo que cheguei à estação e desci do metro, eu sem pressa como sempre, me juntei a todas aquelas pessoas que esperam para subir a escada rolante do lado esquerdo. Eu não fui de escada e eu não ultrapassei ninguém. Simplesmente me juntei a todos os outros preguiçosos, e que não mantém a esquerda livre, dando aqueles meio passos até a beiradinha.Não me importei com alguns atropelamentos e em alguns minutos me ocupei de um degrau.Dele eu olhei pro lado.A escada da direita, vazia, e hoje ao contrário de todos os outros dias, também subia.Naquele momento eu me achei inútil e ponto final.
Sabe, eu não estava com pressa mesmo... Mas em quantas ações da minha vida eu estou condicionada a fazer determinada coisa?Eu poderia ter subido a outra escada imediatamente, sem pessoas que não mantém a esquerda livre, sem atropelamentos, sem meio passos. Eu estava no meio de todas aquelas pessoas acomodadas. Eu parei pra pensar em quantos momentos que eu julgo serem iguais na minha vida só são assim por distrações minhas. Quantas situações que pudessem me favorecer eu já perdi?
Sem novidades a constatação é que muitas vezes escolhemos o caminho mais difícil.A opção é sua, você agindo por instinto ou não. A segunda não novidade é que a culpa de tudo que segue é sua e de mais ninguém. E a terceira é que não damos atenção necessária a quase nada a nossa volta... e vivemos condicionados a rotina...
Você já parou pra pensar em quantas pessoas já não foram a escada rolante da direita na sua vida?

sábado, 17 de julho de 2010

Essa não é nova

Não sei se a expressão “reavaliar conceitos” caberia. Na verdade acho que não passei por isso para aprender a lidar com meu apego. Andei apenas reparando nas relações que passei levando comigo e na intensidade com que reafirmei tudo isso na minha vida.
Certas coisas a gente aprende naturalmente. Eu conheci muitas pessoas durante esse ano e não me contive com a impessoalidade. Eu preciso de grande parte desses novos participantes de mim. Eu sinto falta deles. Absurdas. E seria uma grande ilusão dizer que não me apeguei. Mas isso que antes me faria mal hoje é só um detalhe.
Eu me culpava por me doar tanto a todos sempre. E eu me culpava por fazer isso pelas pessoas que nunca saberiam retribuir. E elas realmente não sabiam, à minha maneira. E eu simplesmente não reconhecia a maneira delas. Sem grandes mistérios.
A grande sacada de agora não é se apegar com cautela é saber [des]apegar. Talvez eu não queira entender, mas daqui pra frente eu já posso aceitar que minhas disposições nem sempre serão correspondidas.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Estrategicamente brisada

Estratégia: ”Ação ou caminho mais adequado a ser executado para alcançar um objetivo ou meta’’. Essa foi a definição mais simples que achei de “estratégia” na internet. Peguei a mais simples porque isso ela não deixa de ser.A parte questionável da estratégia não é bem esse caminho adequado, mas talvez as falhas dele.Até que ponto sua estratégia é correta?
Seria ela ideal a partir do momento em que os acontecimentos seguem na ordem em que você planejou?De acordo com suas expectativas?Eu pensava que sim. Eu pensava que se isso acontecesse o meu ‘domínio’ sobre tudo o resto ia crescer. Afinal de contas, ver que tudo aconteceu de acordo com seus planos pode gerar uma segurança pessoal bem grande, e consequentemente seu ego irá agradecer bastante.
Mas eu não vim aqui dizer que vivo minha vida sem planejar. Esse tipo de clichê ficaria melhor no profile do Orkut na verdade. O que eu quis dividir foi a necessidade de se ter uma estratégia e de ser um estrategista. Porque o planejamento te dá o início, a base. É bom saber por onde começar, saber pra onde se quer ir depois daqui. Por mais que você não vá!
É necessária essa segurança que te faz iniciar e te impulsiona a buscar alguma coisa que te interessa. E é necessário se ter a estratégia pra que ela falhe. E é essa falha que te surpreende. E são as surpresas que trazem a graça. Por que não se confundir um pouco? Muitas vezes na falha da sua estratégia surge alguém pra te surpreender. Pra te fazer ver outros planos. Pra mudar seu rumo. Pra modificar sua estratégia.
E é aí que está a emoção. Mudar a estratégia. Deixar que as mudem.Criar novas.Dividir outras.Estratégias frustradas são a alma da inovação.Pense que nessa frustração a insegurança decorrente é momentânea, e só outro inicio.De um sentimento, de uma nova conclusão quem sabe.
Mas não tente fazer uma estratégia que certamente vai falhar. Ela só será outra estratégia, a de erro. E assim como esse raciocínio, não vai dar certo, acredite!
Concluindo então, vim pra dizer que quero ser estrategista. Uma das piores, por favor !

segunda-feira, 12 de julho de 2010

São minhas

Ando com saudades das férias da escola. De ter medo da professora. De fazer trabalhos em cartolinas. Do desespero por esquecer a cartolina!
Que saudade de sentar em dupla na sala de aula! De escolher a dupla do ônibus pra excursão um mês antes. De não dormir por causa dessa excursão.
Saudade de quando eu não alcançava o shampoo. De quando minha mãe picava meu bife. De quando eu venerava os jacarés de areia do meu pai ou de quando minhas irmãs me usavam de cobaia pra testar uma rede de lençol presa entre duas camas.
Saudade da balinha de hortelã que tinha na casa da madrinha. De atormentar o vô pra prender uma corda naquela árvore do morro. De escalar incansavelmente pela corda.
Saudade de areia no meu tênis. De orelhinhas na páscoa. De tinta no rosto no dia do índio.
Saudade de quando o banco de trás do carro estava sempre completo. De quando minha irmã não saía do telefone. De quando eu tinha todos os brinquedos do kinder-ovo!
Saudade de ficar triste por ganhar só roupa no aniversário. De se irritar porque não peguei nada no bexigão. De armar estratégias pra brincar de gato – mia com os primos.
Saudade de morar com meu sobrinho-irmão. Saudade de a gente poder escolher como ele vai cortar o cabelo.Saudade de esperar o outro sobrinho falar ‘’ju’’ .
Saudade da mamis amarrando meu tênis. Prendendo meu cabelo. Elogiando meus desenhos. Dizendo que “se escreve ‘muito’ e não ‘m-u-i-n-t-o’”.Saudade de caber no colo dela.A maior.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Bom dia

Em um país como o nosso a educação não é bem canalizada quando se trata de desejar “bom dia”. Fico com a exceção pegando esse pequeno fato. Sei disso. Mas a questão é: até os conhecidos às vezes não dizem isso. Não que mude minha vida, eu só quero chegar aos bons dias recebidos –e levar esse momento ao setor “inutilidade” de problemas sérios- na verdade. Em algumas manhãs quando caminho até a faculdade recebo alguns bons dias. E esse é o início de um péssimo dia!
Mexem profundamente comigo esses que recebo. Despertam toda a minha indignação. Sei que não é por educação! A cada bom dia desses aumenta exponencialmente minha irritação.São sempre aqueles homens que acabam de sair do trabalho-e não vão pra casa logo- e falam sempre com aquela entonação ensaiada: booooom dia! Sabem como é... Parece até que eles participaram de um treinamento para aprender a desenvolver o tom da expressão.
Pra que fazer isso? Eu não vou responder! E ainda te acharei ridículo! Penso serem essas abordagens tão sem propósito. Será que alguém responde?Digo alguém decente... E não necessariamente aos ‘bom dias’. A todas essas recepções com entonação de cantada. Não sei, só sei que vejo essas pessoas como aquelas crianças em excursões. Com aquela empolgação absurda e que mexem com as pessoas da rua pela janela do ônibus. Por compulsão. Só porque vêem graça. O amigo vê graça!( Pode reparar, o lançador dessas palavras entoadas está sempre acompanhado).
De qualquer forma, eu já estou acostumada a não ouvir “bom dia” de desconhecidos por aqui. Então não lance bons dias avulsos e aleatoriamente por aí. Não faça o dia bom de uma pessoa sem o bom dia ficar ruim!

Obs: sugiro um grupo de apoio para retirar a entonação ‘quero te pegar’ da vida dos que sofrem com isso.
Obs 2: sugiro também um nome: ‘Irritantes Anônimos’ .Talvez ‘Cantadas Involuntárias Anônimas’ .

sábado, 12 de junho de 2010

Dia dos Namorados

Vou aproveitar a temática do dia que acabou há pouco. Dia dos Namorados. Nada de diferente a não ser que o pensamento de se estar sozinha fica latente. Logo cedo fui ao shopping comprar o presente pro namorado. Da minha irmã, óbvio. Eu estou sozinha. Digo... solteira. Minha irmã estava no grupo daquelas pessoas que enchem o estacionamento do shopping às 11 da manhã do dia eventual para comprar o bendito presente.
Naquele movimento sem graça de pessoas um tanto quanto desesperadas e ainda comprometidas eu me ative em especial a dois caras. Deviam ter no máximo 20 anos. Trombei com eles três vezes. Da primeira andando no corredor, e eles estavam sem nada nas mãos. Depois, sentei no banco em frente à loja de chocolate, e os vi ali as outras duas vezes. Primeiro os dois me aparecem com uma sacola das americanas. Cada um segurava uma, e pela sacola não muito discreta pude ver aquele famoso coração de pelúcia dentro. Tudo bem. Eles entraram na loja de chocolate e saíram sem levar nada. Depois voltaram cada um com uma caixa IGUAL daqueles estandes de embalagem. Entraram e compraram exatamente a mesma caixinha de chocolate.
Eu me perguntei até que ponto esses meninos gostavam das "namoradas" deles. Não pelo valor. Ou pelo clichê de se dar essas coisas. De maneira nenhuma. Mas eles compraram as MESMAS coisas! Como se as namoradas fossem vindas de uma produção em série. Por que eles sempre acham que existe uma regra em agradar? Não é possível que nenhuma daquelas meninas não tivesse nada em especial que fizesse renascer neles uma vontade de surpreender, agradar verdadeiramente a elas, não simbolicamente... Entendem?
Tudo isso pode ser ideia exagerada de quem é apaixonada e tenta de qualquer forma ter e agradar quem se quer. Mas não me entra na cabeça sair com alguém para comprar presentes iguais!E igualar consequentemente e descaradamente as pessoas com quem você divide sua vida ou sei lá o que. Só digo que esse dia que passou com certeza foi especial para muitos casais que estão juntos e que se gostam e que tem um ao outro sem restrições. E também foi um dia de reafirmação ilusória para todos aqueles que estão juntos para não estar sozinho, para trocar presentes, para esquecer quem realmente gosta, ou simplesmente para aqueles esperançosos que acreditam que "um dia vai dar certo". Por que se permitem perder tempo?!
Prefiro reafirmar minha solteirisse já que não posso estar com quem eu quero e gosto.Para mim, então, só mais um dia de observações úteis, ou não. Esperando ou não alguém. O meu alguém específico.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Contaminação

Esses dias comecei a escrever um texto e simplesmente parei na primeira frase. Uma dúvida enorme me bateu. Esse pensamento era meu ou era uma lembrança de outro texto?Eu parei por pensar estar prestes a plagiar Caio Fernando. Que ridículo!Eu tive que jogar a frase no Google!Eu estava contaminada pelas palavras desse cara e sem querer estava sentindo toda aquela melancolia e tristeza que era dele e não minha!
O problema de algum vício está justamente aí! Você passa a ser a junção de outras coisas que talvez não sejam você. Não é porque você se identificou em algum momento que aquilo vai te confortar – servindo para pessoas também. Legião Urbana! Gosto interminavelmente da banda, mas por consciência própria do meu bem-estar dei uma trégua de Renato Russo na minha vida. Eu não consigo não me envolver ao ler, ao ouvir uma música. E esses gênios que eu aprecio são íntimos da dor. Óbvio que parte de mim é assim pra que eu tenha tanta afeição, mas esse é um lado que não deve ser provocado.
Algumas faces de nós não merecem ser manifestadas com freqüência. E grande parte do que determina essa freqüência é mera conseqüência do contato ao que você se submete. Sem querer dar uma de “o segredo” por aqui, mas somos seres fortemente influenciáveis. Conscientemente ou não levamos em conta até aquela piada feita sobre você que supostamente não te afetou. Damos credibilidade ao externo e externamos nossa fragilidade aceitando tantas opiniões, pensamentos, conselhos.
Muita coisa vai continuar a mesma, com exceção da conclusão momentânea de que não estou apta a nada com muito romantismo, drama, dores e Caio Fernando Abreu.
E a frase do outro texto era minha mesmo!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

Pleno

Hoje só queria falar sobre destino,
Ou sorte...
A fitinha que vou amarrar no pulso
Pedidos!
Meus desejos não tem sido sensatos...
Desejos!
Troco a partir de agora
Mudanças!
Que quero em pequenas doses
Pequenas!
Tornei assim algumas vontades
As deixo para o nosso mundo paralelo,
Aquele com nossos sonhos,
E desejos
Meus desejos não tem sido sensatos..

sábado, 29 de maio de 2010

.plano

Pegar esse amor e plantar
No canteiro da minha janela
Ou da sua
Pra poder brotar
Crescer
Aumentar
Ainda mais
E depois colher
Quando eu puder
Quando você quiser
Quando alguém quiser
Ou merecer
Amadurecer
O sentimento
Eu
Você
Alguém
Agora não
Em mim não
Mas sem perder
Cultivar sem sofrer
Assegurar pra quando tiver que ser
E poder apreciar
A flor
A folha
O fruto
Que fruta haverá de ser?
Que gosto haverá de ter?
Paciência então
Regada de outras frutas e gostos
Conhecidos ou não
Te encontrando
Te perdendo
Em mim



sexta-feira, 30 de abril de 2010

Lei Básica de Tudo

Sabe quando você olha pra si mesmo e se enche de perguntas?Pois estou numa fase assim. Uma das conclusões que eu me dei foi que "tudo bem se eu optei ser assim, emocionalmente ativa, mas que o que me mova seja o sentimento e não a quem ele se destina", entende?Se você resolve agir com o ‘coração’ aja de acordo com ele MESMO!O foco não pode ter prioridade nessas horas, até por que pela Lei Básica de Tudo (LBT), você raramente será a prioridade dele.
De acordo com a LBT você sempre será incompreendido e o outro ‘não tem sentimento’. Pode ter certeza de que você já foi um dos que não teve. Chega a ser óbvio que aquele outro não valoriza o que você sente. Ele deve estar preocupado com outro que não valoriza o que ELE sente. Claro que sempre tem o dia em que o pão cai com a manteiga pra cima. Mas aí é sorte. Ou muito treinamento!
Esse ciclo de amor dos incompreendidos não passa de uma auto-afirmação. Você quer entender o porquê da rejeição e provar pra si mesmo que você é a melhor opção. E enquanto ele te rejeita, longe de você, as qualidades brotam igual capim e o ser vira um Deus.’ Quero, preciso, mas é inalcançável..pausa dramática..sofro’.Nesse momento o ‘deusinho’ te acha uma completa idiota e não ousaria perder tempo com isso desesperada. Exatamente, você é o ‘isso’.
Hipocrisia dizer que não acontece assim. É assim!E com todos. A todo tempo. Continuamente. Sabemos disso. Já perdi a conta de quantas vezes fui ‘isso’... Só relevo por que também já perdi a conta de quantas vezes fui a ‘deusinha’ [Hahaha]. Hoje decidi não ser nenhum dos dois!


[deixa fluir]

sexta-feira, 23 de abril de 2010




Só pra não deixar um vazio generalizado.

[sem muito o que dizer, tirei essa foto faz um tempo]

terça-feira, 20 de abril de 2010

.mais alguém?

Eu sempre penso se estou sozinha também nas minhas manias. Será que mais alguém repara nas coisas que eu reparo?Em como quase ninguém mais usa o orelhão, em quantas bitucas de cigarro tem pelo chão, na infinidade de cheiros e sons que ouvimos pelo caminho, na expressão daquele alguém que já é seu conhecido só porque você o vê sentado no mesmo lugar todos os dias... Será que alguém aí também imagina como eram jovens os que a gente vê velhinhos agora?Alguém procura mensagens em papeis jogados, em placas, portas de trem?Será que mais alguém busca o mesmo que eu!?Alguém que guarde minha felicidade. Um amor que baste. Uma simplicidade que complete.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Andares

É tão poético ter um andar para sentir.Queria morar em um prédio só pra dizer que estou triste ou feliz aqui no sétimo andar.Dá um ar superior ao sentimento.Se eu confessar meus dramas e disser que fui até a janela teria muito mais suspense.Ou se eu fui até a janela pra olhar a paisagem vai parecer bem mais bonito.Mas não é ser poético e mais nada.Citar andares vai além.Eu subentendo sempre.Não é o andar espaço físico.É o andar verbo.Nossas vidas são nossos passos.A escolha deles.Mais andar, mais maturidade.Mais andar, mais consciência.Se o andar exprimisse intensidade eu saberia em qual estou.Mas consciência já não é comigo.Pelo menos na categoria 'vigiar os sentidos' eu não me enquadro.Aqui no térreo onde eu moro meu tédio é indiferente.Queria era morar em um prédio.Em um dos últimos andares.E além de tudo fazer coexistir algumas coisas.A 'urbanidade' de um prédio e a cafonisse do que eu sinto!Quem sabe assim não amenizo uma delas.

sábado, 27 de março de 2010

.tal vez

Talvez eu não faça sempre o que você espera de mim.Mas se eu souber o que você quer vou fazer.Se eu sei que é pra isso que você vem aqui é o que eu vou te dar.O que eu posso.Talvez eu nao escreva mais sobre o nosso futuro inventado.Sobre a gente naquela lavanderia esperando nossas roupas limpas que ja teriam nosso cheiro.Ouvindo aquela música.Dividindo os fones de ouvido.Sobre as vezes que discutiríamos pelos cachorros que você iria querer levar pra casa.É, talvez eu não escreva mais sobre isso.Talvez eu não diga que ainda penso em você.Talvez eu não fale daquela combinação perfeita que você sabe.Talvez eu espere uma tal vez em que isso não faça mais diferença.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Sorte?

É, ser movida a sentimento dói.Mas se fosse diferente daria na mesma.Sabe, tentei me imaginar um pouco mais controlável.A questão é que é natural.Seria assim de qualquer forma.Se tivesse um controle poderia até hesitar um pouco, mas optaria por isso.O replay estaria lá, pressionado.Sempre.Cansa ver os fatos se repetirem.Já saber o que vai acontecer.Em que fim vai dar.Pagar pra ver.Mas o cansaço da insistência é que não chega.E eu não funcionaria diferente.Porque também nao cansa gostar de ser assim.É instável até com repetição.Picos e ausências de amor e humor. Tanto apego.Sem sentido.Planos motivam.Falta de planos viram um plano que motiva.E aí a gente cai na real de que o que motiva ou deixa de motivar não são os planos.Tudo bem.Mas um click pra desacelerar o ritmo por aqui seria bem vindo.E que eu tenha sorte no jogo então.Pelo menos.

sexta-feira, 19 de março de 2010

.blueberries imaginários

Entre tanta gente naquela estação procurei uma pessoa que fosse tão branquinha quanto você.Não achei.Sei que nao estou no lugar certo pra procurar, mas ninguém nem chegou perto.Pensei em quando vou te levar pra um lugar bem frio.E longe daqui.Um lugar bem frio pra combinar com você.Não me veio nenhum nome à cabeça mas Suíça me parece bom..te parece também?Eu ia te acordar cedinho só pra ver o sol nascer junto comigo.Na varanda.Eu com uma xícara de café e sem sono.Você com um cobertor e querendo dormir de novo.Talvez eu bebesse um chocolate quente para te dar um gole.Eu nunca saberia se olhava para você ou para o sol.Depois você me dava um beijo e voltava pra cama.Eu ia escrever mais um capítulo sobre nossos dias.Lembrar dos seus medos que agora sumiram e da falta dos meus que sumiram junto.Quando você acordava chamava por mim.E lá a gente ficava.Como se nada mais existisse.Nem o tempo.Nem esse sonho.

quarta-feira, 17 de março de 2010

Ontem

Acordei com sono
Comi sem fome
Passei calor
Passei frio
Pensei no meu amor
Quis comprar cigarro
Comprei chiclete
Ri de algumas piadas
De longe apreciei alguns rostos
Quis sonhar,
Nem deu..
Falei sobre 'beijos'
Quis um beijo,
Nem deu..
Esperei a aula começar
Esperei o trem chegar
Esperei você vir falar oi pra mim
Quis te esquecer...
Acho que vou.

sábado, 13 de março de 2010

.sobre sentimentos

Não tem mais nada a ser dito.Mesmo assim o silêncio não me basta.Esse sentimento que não se acerta de vez em mim já começou a me cansar.Ele é tão independente.Tão enfrentador de mim.Cansei!Podia ir embora à velocidade que veio.Às vezes ele até sai para dar uma volta.Deve fazer o mesmo que eu.Se divertir.Ficar entre amigos.Tentar substituir o 'foco'.E até chego a pensar que ele está bem longe.Que não quer mais voltar.Nesses momentos também não faço questão de carregá-lo.Tenho motivos suficientes pra isso.Mas minhas lembranças o trazem de volta e ele chega como se fosse o anfitrião da casa.E gruda.E consome.E tranforma meus sonhos num só.Sabe, ele precisa entender que se eu não posso mais dividí-lo prefiro que me deixe.

quarta-feira, 10 de março de 2010

Dias de Trem

Quando começamos a precisar do trem muitas concepções surgem. Mudam. E também são criadas. Por exemplo, indignações não vão faltar quando você estiver lá, imóvel e esmagada por pessoas que você nunca viu na vida. Por algumas que não usam desodorante. Por algumas que encostam a barriga de chope na sua cabeça. Aliás, ser baixinha nesse caso só trás desvantagens, mas voltemos..imagine que você está cansadíssimo..agora imagine uma pessoa entrando com um bebe no colo..que chora sem parar!Super bacana né? Também tem aquelas pessoas que voltam da 25 de março com duas dúzias de sacolas.E é incrível como as pessoas compram edredons fora de onde vivem!Sempre tem um com aquela sacola enorme. Tem coisa que não compensa o trabalho, convenhamos. Tem aquelas pessoas que voltam da escola em grupo, suuuper hiper animados e efusivos.Aqueles que abrem o famoso salgadinho que cheira chulé.Fora os que usam perfume que cheiram chulé!Sem maldade, às vezes o cheiro natural deve ser melhor!Outra coisa..eu entendo que seu celular é de ultima geração e cabe muitas músicas, fico feliz por você, mas não abusa da minha bondade..Sabe, pode parecer engraçado mas existem coisas que não deveriam ser rotina.Já bastam as condições inaceitáveis.Os vagões que não tem a capacidade ideal.O preço da passagem que aumenta.Os projetos intermináveis.O ar condicionado que simplesmente não da conta de tanto nariz e tanta gente!Pensemos em grupo,afinal estamos no mesmo bonde, literalmente!

terça-feira, 9 de março de 2010

.blueberries e sorrisos

Era tudo que eu não fazia questão de ver numa seleção de ponta.Tudo de uma vez só.E que se tornou tudo o que eu mais queria ter.Não pra mim!Comigo..o tempo todo.Assim como o encontro, o excesso de ‘tudo’ não foi por acaso.Foi completo.Não teve falha em conquista.Minha razão ,sempre vencida pelos sentimentos, dessa vez desapareceu.Arrebatador.Foi assim...Fraca!Fui assim.Aquele momento com prazo de validade estampado em letras grandes, versus meu sentimento infindável teimando não cumprir prazo algum..

Sem importância ficaram as centenas de olhares que vejo todos os dias. Aquela mistura de tantos perfumes pouco me vale se o que eu quero sentir é o seu..na sua pele!É difícil desviar todo sentimento que já tinha destino.Mesmo o establizando aqui o que eu faço com o muito que cresceu até aqui?Eu não quero mudá-lo, embora devesse.E eu não quero pensar na dimensão do que vivemos na sua cabeça.Não me importa mais a incorrespondência se o que me abala continua sendo seu sorriso.Se só seu beijo me satisfaz... não quero esquecer que um dia foi assim, eu cultivei o melhor de mim pra você.

A nossa música ainda toca...e mesmo sozinha, eu não me canso de ouvir..

[sem segredo]

sexta-feira, 5 de março de 2010

Diagnóstico

Minhas lentes de contato não estão sendo suficientes pra mim. Eu continuo não vendo coisas que eu precisaria ver. Mas vejo coisas das quais [teoricamente] não precisaria. Meus valores se inverteram. Ou simplesmente são invertidos. Eu os criei assim. Eu optei assim. Vejo demais o invisível. Eu quis me entregar sabendo que não daria certo. Eu quis confiar sabendo que não deveria. Eu quis arriscar no fracasso. Eu quis experimentar o que seria indiferente. Era pra ser indiferente, não foi. Culpa do fracasso, da confiança, da entrega?Culpa minha!Arriscar no fracasso é burrice!Não sei pra que tanta esperança da minha parte. Esperança nas pessoas, nos fatos. Tudo explicitamente me mostra ‘x’. Mas eu sinto prazer em enxergar além. E antes fosse um y!Mas eu vejo o alfabeto inteiro.