sábado, 17 de julho de 2010

Essa não é nova

Não sei se a expressão “reavaliar conceitos” caberia. Na verdade acho que não passei por isso para aprender a lidar com meu apego. Andei apenas reparando nas relações que passei levando comigo e na intensidade com que reafirmei tudo isso na minha vida.
Certas coisas a gente aprende naturalmente. Eu conheci muitas pessoas durante esse ano e não me contive com a impessoalidade. Eu preciso de grande parte desses novos participantes de mim. Eu sinto falta deles. Absurdas. E seria uma grande ilusão dizer que não me apeguei. Mas isso que antes me faria mal hoje é só um detalhe.
Eu me culpava por me doar tanto a todos sempre. E eu me culpava por fazer isso pelas pessoas que nunca saberiam retribuir. E elas realmente não sabiam, à minha maneira. E eu simplesmente não reconhecia a maneira delas. Sem grandes mistérios.
A grande sacada de agora não é se apegar com cautela é saber [des]apegar. Talvez eu não queira entender, mas daqui pra frente eu já posso aceitar que minhas disposições nem sempre serão correspondidas.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Estrategicamente brisada

Estratégia: ”Ação ou caminho mais adequado a ser executado para alcançar um objetivo ou meta’’. Essa foi a definição mais simples que achei de “estratégia” na internet. Peguei a mais simples porque isso ela não deixa de ser.A parte questionável da estratégia não é bem esse caminho adequado, mas talvez as falhas dele.Até que ponto sua estratégia é correta?
Seria ela ideal a partir do momento em que os acontecimentos seguem na ordem em que você planejou?De acordo com suas expectativas?Eu pensava que sim. Eu pensava que se isso acontecesse o meu ‘domínio’ sobre tudo o resto ia crescer. Afinal de contas, ver que tudo aconteceu de acordo com seus planos pode gerar uma segurança pessoal bem grande, e consequentemente seu ego irá agradecer bastante.
Mas eu não vim aqui dizer que vivo minha vida sem planejar. Esse tipo de clichê ficaria melhor no profile do Orkut na verdade. O que eu quis dividir foi a necessidade de se ter uma estratégia e de ser um estrategista. Porque o planejamento te dá o início, a base. É bom saber por onde começar, saber pra onde se quer ir depois daqui. Por mais que você não vá!
É necessária essa segurança que te faz iniciar e te impulsiona a buscar alguma coisa que te interessa. E é necessário se ter a estratégia pra que ela falhe. E é essa falha que te surpreende. E são as surpresas que trazem a graça. Por que não se confundir um pouco? Muitas vezes na falha da sua estratégia surge alguém pra te surpreender. Pra te fazer ver outros planos. Pra mudar seu rumo. Pra modificar sua estratégia.
E é aí que está a emoção. Mudar a estratégia. Deixar que as mudem.Criar novas.Dividir outras.Estratégias frustradas são a alma da inovação.Pense que nessa frustração a insegurança decorrente é momentânea, e só outro inicio.De um sentimento, de uma nova conclusão quem sabe.
Mas não tente fazer uma estratégia que certamente vai falhar. Ela só será outra estratégia, a de erro. E assim como esse raciocínio, não vai dar certo, acredite!
Concluindo então, vim pra dizer que quero ser estrategista. Uma das piores, por favor !

segunda-feira, 12 de julho de 2010

São minhas

Ando com saudades das férias da escola. De ter medo da professora. De fazer trabalhos em cartolinas. Do desespero por esquecer a cartolina!
Que saudade de sentar em dupla na sala de aula! De escolher a dupla do ônibus pra excursão um mês antes. De não dormir por causa dessa excursão.
Saudade de quando eu não alcançava o shampoo. De quando minha mãe picava meu bife. De quando eu venerava os jacarés de areia do meu pai ou de quando minhas irmãs me usavam de cobaia pra testar uma rede de lençol presa entre duas camas.
Saudade da balinha de hortelã que tinha na casa da madrinha. De atormentar o vô pra prender uma corda naquela árvore do morro. De escalar incansavelmente pela corda.
Saudade de areia no meu tênis. De orelhinhas na páscoa. De tinta no rosto no dia do índio.
Saudade de quando o banco de trás do carro estava sempre completo. De quando minha irmã não saía do telefone. De quando eu tinha todos os brinquedos do kinder-ovo!
Saudade de ficar triste por ganhar só roupa no aniversário. De se irritar porque não peguei nada no bexigão. De armar estratégias pra brincar de gato – mia com os primos.
Saudade de morar com meu sobrinho-irmão. Saudade de a gente poder escolher como ele vai cortar o cabelo.Saudade de esperar o outro sobrinho falar ‘’ju’’ .
Saudade da mamis amarrando meu tênis. Prendendo meu cabelo. Elogiando meus desenhos. Dizendo que “se escreve ‘muito’ e não ‘m-u-i-n-t-o’”.Saudade de caber no colo dela.A maior.